O mercado de São José
visto por Domingos Santiago



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 Mercado de várias histórias
O mercado público de São José, um dos vinte e quatro mercados públicos do Recife e está localizado entre a Rua Pedro Afonso e o Pátio, em frente a Igreja Nossa Senhora da Penha, no bairro de São José, no Recife. Foi inaugurado em 1875, levando dois anos para ser contruído, sendo o mais antigo mercado público do Brasil e o primeiro edifício pré-fabricado em ferro no país. 

O mercado fará 138 anos no próximo 7 de setembro e é palco de várias histórias. De trabalho, suor, lutas, dedicação. A senhora Rute Miranda, 58 anos, sempre vendeu crustáceos no mercado. Além do camarão, dos mariscos e das lagostas, ela vende bom humor e uma história emocionante, de luta e persistência. Um negócío herdado da família e que vai passando de geração em geração - para a nora, os irmãos, netos e filhos. Surpreendente é ver dona Rute segurar uma sacola e dizer o peso sem colocar na balança. Seu palpite é quase certeiro. Errou por 70g. No mercado, ela criou os filhos e segundo ela mesma diz: "só saio daqui para Santo Amaro" - falou brincando a respeito do cemitério localizado no bairro vizinho. Uma história em que não deu para se dedicar às aspirações profissionais dos desejos de infância. O sonho de ser professora não pode ser realizado, mas a certeza de se estar fazendo o correto é recompensador e faz parte do caminho que pretendia trilhar. 

Entre um box e outro, mais uma história de vida que deve ser marcada como símbolo de dignidade e humildade. O senhor Sérgio Luis, 42 anos, trabalha no mercado desde os 25 e recebeu do seu pai uma herança que começou com um banco de frutas e verduras. E não se cansa da sua jornada diária das 6h da manhã às 6h da noite, de segunda a sábado. O talento artístico de Geniz Marques, 39 anos, deve ser notado. Trabalha há oito anos e sua arte vai para diversos cantos do Brasil, inclusive no exterior. A alta estação é o melhor período para vendas de quadros, jarros, camisas. 

O mercado de São José não é palco apenas de boas histórias ou histórias tristes, mas de lutas diárias, de pessoas diferentes que lutam diariamente pelo sustento, pela dignidade e pelo trabalho que é a principal virtude do homem. Foi assim que vi o mercado de São José.

Domingos Santiago



















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O pátio de São Pedro
visto por Marcelo Barreto



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Construído por portugueses e amado pelos Recifenses 

 Localizado em pleno centro do Recife, o Pátio de São Pedro é um lugar que carrega consigo um grande capítulo da história da capital pernambucana. Com diversos casarios colôniais, além da famosa Igreja de São Pedro, o discreto pátio se tornou não apenas um lugar de visitação do público, como também um ponto boêmio recifense. Formado por um piso de pedras portuguesas, o local que um dia serviu de comércio para os colonizadores é um espaço cultural habitado por museus, memoriais e bares. Destaque para o Central cultural Luiz Gonzaga, o Memorial Chico Science, o Museu de arte nordestina. Para os centros gastronômicos, uma boa opção é deliciar os pratos do Buraco do Sargento e o famoso Buraquinho. Por mais que se destaque o entorno do Pátio, não tem como esquecer da famosa Igreja de São Pedro. Situada no meio do pátio, a Igreja barroca é o verdadeiro cartão-postal do espaço situado no Bairro de Santo Antônio. O interessante é que o pátio já conta com uma estrutura para shows. Isso é uma iniciativa da Prefeitura da Cidade para que o local seja um pólo da cultura pernambucana. Por este motivo, todas as sextas-feiras, o Pátio sempre conta com uma programação musical diferenciada. Enfim, não conhecer o Pátio de São Pedro significa desconhecer um espaço histórico, cultural e gastronômico do Recife.

Marcelo Barreto






















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 Avenida Guararapes

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Fotografia, história e um olhar.


Quem nunca ouviu falar que a cidade do frevo ferve com certeza não é do Brasil. Assim como qualquer outra capital do país o centro do Recife é explorado de canto a canto por seu povo. Cercado de igrejas históricas e de um forte comércio é no bairro de Santo Antônio onde tudo acontece e na década de 20, na busca por uma alternativa melhor em transporte urbano projetou e criou a Avenida Guararapes. Sob os prédios comércio entre bancos, centros educacionais, farmácias, lojas e o prédio central dos correios, além do forte comércio ambulante presentes nos seus vastos corredores. Agitada de dia à noite de tudo se pode encontrar, uma forte tradição são os engraxates que por muitos anos ali trabalham e o mercado de flores. Por sua localização muitas vezes a avenida se torna palco de protesto e movimentos dos mais variados, todos os anos é a principal anfitriã do Galo da Madrugada e diariamente cerca de 150 mil pessoas circulam por ela. Hoje é um dos principais pontos de circulação da cidade.

Polliana Pereira


   






























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sobre

Como te vejo, Recife! é uma produção visual dos estudantes Domingos Santiago, Marcelo Barreto e Polliana Pereira sobre o Mercado de São José, o Pátio de São Pedro e a Avenida Guararapes, respectivamente. É uma proposta da disciplina fotojornalismo, ministrada por Silvânia Nobre.
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